"Um espaço reservado para falar das lembranças, histórias e episódios dos mais de 60 anos de Mil Milhas Brasileiras. E de outras coisas mais!"

segunda-feira, 19 de junho de 2017

De Tomaso Pantera GTS 1974 de Júlio Penteado


Saindo um pouco da pauta sobre Mil Milhas e Arrancada, o assunto de hoje é sobre um clássico italiano cuja performance faz jus ao seu nome: Trata-se do De Tomaso Pantera GTS 7.0 1974 pertencente ao antigomobilista Júlio Penteado.

O esportivo italiano projetado pelo americano Tom Tjaarda, fora produzido entre os anos de 1971 e 1992, no total de 7.260 unidades, sendo oferecido em versões cujo propulsor Ford V8 variava entre 5.8 (351 polegadas) e 4.9 litros (302 polegadas). Algumas unidades vieram para no Brasil, sendo bastante conhecidas em provas de velocidade final e exibição de antigos, como a subida da montanha do Pico do Jaraguá.

O De Tomaso vermelho de Júlio Penteado chama atenção não só pelo visual forte e agressivo, mas também pela performance transferida para o asfalto. O propulsor é um Ford V8 427 polegadas (7.0 litros), com cerca de 460 cv e 65 kgfm de potência, dotado de bloco de alumínio e cabeçotes especiais da divisão de corridas da marca norte-americana, alimentado por um carburador de corpo quádruplo, de 1.000 cfm. Tamanha potência é controlada pelo câmbio manual de 05 marchas e tração traseira, despejada em rodas e pneus aro 17.

A fera italiana foi assídua participante das provas de velocidade final disputadas na base aérea de São José dos Campos, na década de 90 e início dos anos 2000. Sua melhor marca fora registrada no ano de 1996, quando obteve 257,14 km/h no quilômetro lançado, batendo veículos mais novos e dotados de tecnologia mais avançada. Hoje, está devidamente guardada, saindo somente para passeios em dias de sol.




Miniatura semelhante ao De Tomaso de Júlio Penteado

terça-feira, 6 de junho de 2017

Camaro SS de Alexandre Kayayan


Hoje o nosso assunto é sobre arrancada, e para tanto, nada melhor que lembrarmos de uma lenda que apavorou no Campeonato Paranaense e Festival Força Livre entre os anos de 2004 e 2006. Estamos falando do Camaro SS 1968 de Alexandre Kayayan, bólido que conquistou vários recordes e vitórias na categoria Hot Rod, estabelecendo verdadeiro domínio em relação aos seus concorrentes.

Após mais de 04 anos afastado das pistas, Kayayan voltou à arrancada com o seu Camaro prata na 3ª etapa do Campeonato Paranaense de 2004, já batendo o recorde da categoria com 9.819 segundos de pista e 0.383 de reação no farol. Nesta época, o bólido contava com kit nitro de cerca de 200 cv, sobrealimentando o V8 big block de 454 polegadas (7.5 litros). Com o passar do tempo, a preparação foi evoluindo, passando por uma injeção maior de nitro (350 cv), até culminar no substituição do nitro pelo blower, quando a potência chegou a cerca de 1.500 cv.

Em sua carreira nas pistas, o Camaro fora campeão do Festival Força Livre em 2004 e 2005, além do Paranaense de 2005 e 2006, sendo que no primeiro ano, das 06 provas disputadas - e vencidas -, quebrou o recorde da categoria em 05 ocasiões, ao passo que o tempo mais baixo fora de 8.390 segundos de pista e 0.202 de reação.

Porém, seus recordes não ficaram restritos aos 402 metros da reta do Autódromo de Curitiba, pois na 2ª etapa de 2006, o bólido deu as caras em Interlagos, tendo vencido na categoria Importados, com o tempo recorde de 8.490 segundos nos 201 metros. No final de 2006, o motor big block do Camaro fora transferido para a SS10 Pro-Mod adquirida do piloto Ricardo Bersani, a qual igualmente conquistou várias vitórias na pista de Curitiba, fazendo jus ao "coração" que carregava. Sem dúvida alguma, o Camaro SS prata fez história na arrancada, e está hoje entre os carros mais vitoriosos da categoria no Brasil.